O CENÁRIO SOCIAL, POLÍTICO, ECONÔMICO DA ÉPOCA DE
JESUS.
O Israel da época do Nascimento de Jesus, segundo
alguns historiadores, era um país em que havia uma enorme desigualdade social. O
romantismo em torno do nascimento do mestre nada tem a ver com opressão em que
os cidadãos viviam. Uma pequena parte da população desfrutava das benesses do
governo, do lucro de suas fazendas, enquanto esmagadora classe baixa sofria;
estes eram compostos de nômades, escravos, prostitutas, mendigos, loucos,
enfermos e pobres.
Desde muito tempo Israel já vivia sob as garras de
Roma. Ainda sob o reinado dos Macabeus (Israelitas), os romanos tomaram a
cidade de Jerusalém, sob o comando do general Pompeu em 63 antes de Cristo. Nessa
época o Imperador era Augusto que instituiu o culto a si mesmo por parte dos
seus súditos
No ano 40
A.C (alguns dizem 37 AC) o
Estado de Roma, nomeou Herodes o Grande como Rei da Judéia. Foi nesse
cenário que Jesus nasceu. Esse governador, tomado por medo de perder o poder,
matou sua esposa e dois de seus filhos. O que motivou o crime foi o fato de muitas de
suas esposas querer que a sucessão ficasse para seus filhos. Esse episódio
revoltou os judeus. Assim, para acalmar o povo o rei passou a realizar uma
série de obras públicas, dentre elas a reforma do templo.
A hierarquia estatal era entendida da seguinte forma:
Havia o Imperador de Roma, que quando Jesus nasceu
era César Augusto Otaviano – ele governou de ano 27 a.C. a 14 d.C. O segundo
Imperador foi Tibério Júlio César Augusto este governou de 14 a 27 d.C. e o terceiro foi
Gaio Júlio César Germânico Calígula - 37 a 41 d.C.
Assim a figura principal era o Imperador. Em algumas
regiões possuía a figura do Rei. Existiam naquele tempo três principais tipos
de províncias. Uma era a pacificada, estas possuíam governadores, como no caso
da Galiléia governada por Pilatos e a da Judéia governada por Herodes, o Antipas
II. E Ainda a terceira eram províncias/ cidades que havia mais tempo de
pacificação, portanto as pessoas possuíam cidadania Romana, como foi o caso de
Tarso. Esses cidadãos gozavam de vários privilégios, outorgados por Roma.
Quadro I: Distribuição do poder. |
Roma oprimia os judeus. Cobrava altos impostos. Os
judeus ansiavam pelo fim iminente daquela situação. Deus havia prometido a
posse daquela terra para eles. E eles aguardavam ansiosamente pelo Messias,
para que este os libertasse daquela escravidão.
Além disso, as forças estrangeiras eram grandes, costumes estrangeiros
que poderiam ser uma tentação religiosa para com os costumes judeus.
Assim, parte dos judeus, especificamente os Zelotes*,
revoltou-se contra o governo. Há que diga que Judas traiu Jesus, justamente por
este contexto. Pois ele frustrou-se, espera que Jesus fosse tomar o poder e
libertar-los, no entanto, Jesus apregoava a paz de uma forma que não era a
esperada o por ele. Outro fator interessante no episódio que antecede a
crucificação de Cristo, quando o governador, por ocasião da páscoa pergunta
qual prisioneiro que o povo queria que fosse liberto. Aí surge a pergunta por
que o povo escolheu um criminoso e não o justo? Escolheram Barrabás pelo fato
dele ter o “sangue quente” e não aceitar o império romano em Israel. Por ele ser,
talvez, politicamente ativo. O povo queria impreterivelmente, a sua libertação
política.
Desde o exílio da Babilônia e Assíria, muitos judeus
estavam dispersos havia inúmeros judeus em Roma, Egito, Ásia Menor entre outros
lugares. Ora pelas dificuldades encontradas no seu país ou por interesses
comerciais.
Tempos depois, por volta de 66 d.c. houve uma revolta armada por parte de alguns
judeus, o qual objetivava expulsar o domínio romano. E assim incitou ao governo
de Roma o qual resultou na destruição do templo em 70 d.C. O povo de Israel
conseguiu recuperar parte de suas terras só em 1948, com o fim da segunda
guerra mundial. Ainda assim, perdeu o seu templo para os mulçumanos que ocupam
suas áreas. Neste templo faz-se orações a Alá, motivo pelo qual os judeus ainda
vivem em pé de guerra.
Referências